O Ministério da Educação (MEC) lançou o Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento. A medida foi publicada na edição de ontem do Diário Oficial da União. O programa de intercâmbio é voltado para estudantes negros, indígenas e com deficiência do ensino superior e já está em vigor.
De acordo com a publicação, o objetivo do programa é proporcionar a formação e a capacitação de estudantes autodeclarados pretos, pardos, indígenas ou PcDs (pessoas como "deficiência"), transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades, com elevada qualificação em universidades, instituições de educação profissional, tecnológica e centros de pesquisa no Brasil e no exterior.
O programa dará oportunidades de novas experiências educacionais e profissionais a esses estudantes, além de ampliar a participação dos mesmos em cursos técnicos de graduação e pós-graduação e no desenvolvimento de projetos de pesquisa. Outros pontos importantes desse programa são a promoção da igualdade racial, a valorização sociocultural e linguística dos povos indígenas e a promoção da inclusão social dos PcDs no Brasil, bem como estimular a troca de experiência em âmbito internacional para a construção de igualdade de direitos e de oportunidades no país.
O programa será desenvolvido em parceria com Universidades e Instituições Comunitárias de Ensino Superior Historicamente Negras nos Estados Unidos. Parte das bolsas de estudo será oferecida pelo Programa Ciência sem Fronteiras e parte será destinada aos cursos de ciências humanas. Os critérios de participação do programa serão definidos pela Secretaria de Alfabetização Continuada, Diversidade e Inclusão (Secadi) e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).